São Paulo, sexta, 6 de fevereiro de 1998

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Companhia de navegação do Rio é vendida pelo preço mínimo

da Sucursal do Rio

Um consórcio liderado por empresários de ônibus e pela construtora Andrade Gutierrez comprou ontem a Conerj (Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro), por R$ 33,012 milhões -o preço mínimo.
A Conerj opera as barcas que fazem a travessia Rio-Niterói, por onde passam 20 milhões de pessoas por ano.
O leilão -na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro- foi pelo sistema de envelope fechado e durou cinco minutos. Dos três consórcios esperados, só um participou.
A Conerj é hoje uma empresa deficitária. Gasta, por ano, R$ 32 milhões, para uma arrecadação de R$ 10 milhões. Seu quadro, com cerca de mil funcionários, poderia ser reduzido à metade, segundo José Henrique Braga, gerente de projetos da Andrade Gutierrez.
"Teremos que fazer ajustes, mas a Conerj tem um potencial de exploração que poderá gerar mais emprego", afirmou Braga.
A Auto Viação 1.001 e a RJ Administração e Participações -grupo com 110 empresas de ônibus- têm 40% de participação, a mesma da Andrade Gutierrez.
A operadora, que responderá pelo serviço nos próximos 25 anos, será a Wilson Sons, empresa inglesa especializada em transporte marítimo, há 160 anos no país.
O preço mínimo foi dividido em duas partes. Uma, de R$ 6,6 milhões, poderá ser paga em dois anos. É o prazo para a instalação da linha de barcos entre São Gonçalo e Ilha do Governador. Se isso não for cumprido, a concessão dessa linha será cassada.
Da outra parte, de R$ 26,412 milhões, referentes a 90% do capital votante, R$ 10 milhões poderão ser pagos em Certificados de Privatização, chamados de moedas pobres. Os funcionários ficaram com 10% do capital total, por R$ 1,98 milhão, totalizando o preço final da Conerj: R$ 28,4 milhões.



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