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Edição 2006 das Olimpíadas Escolares
Brasília (15 a 17 anos) 2006 |
Início: 6 de outubro de 2006
Término: 15 de outubro de 2006
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Iniciado em 2005, o projeto de revitalização do esporte estudantil brasileiro ganhou corpo em apenas um ano e adquiriu um novo perfil. Com um calendário que somou às competições esportivas ações educacionais e a presença de ídolos do esporte nacional, a primeira etapa da fase nacional das Olimpíadas Escolares JEBs 2006 aconteceu em Brasília, de 06 a 15 de outubro. Cerca de 2.700 estudantes com idade de 15 a 17 anos, de 24 estados e do Distrito Federal, representaram 630 instituições de ensino públicas e privadas.
No Distrito Federal, o tênis de mesa fez sua estréia nas Olimpíadas Escolares, aumentando para nove o número de modalidades esportivas no programa, composto ainda por futsal, vôlei, basquete, handebol, xadrez, natação, atletismo e judô.
Atletas como o medalhista olímpico Claudinei Quirino, o jogador de basquete Demétrius, o mesa-tenista Hugo Hoyama (que acendeu a Pira na Cerimônia de Abertura) e a nadadora Rebeca Gusmão se encontraram com os alunos ao longo do evento, contribuindo para o aumento do interesse dos jovens pelo esporte.
Enquanto os alunos-atletas disputavam medalhas nas quadras, pistas, tatames e piscinas, foram ministradas palestras sobre temas como o esporte de alto rendimento, doping e os valores do olimpismo. Estiveram em Brasília como palestrantes e observadores dos jogos o treinador da seleção brasileira masculina de basquete, Antonio Carlos Barbosa, e também o técnico da seleção masculina de handebol do Brasil, o espanhol Jordi Ribera, entre outros.
A estudante Marcela Teixeira, do Santa Mônica Centro Educacional (RJ) se consagrou como um dos grandes destaques individuais da competição. A carioca foi a maior medalhista da natação nas Olimpíadas, subindo no degrau mais alto do pódio nas provas dos 200m medley, 100m peito e no revezamento 4x50m medley.
Talento em dose dupla, as gêmeas Leine e Lais Taguchi Agata, de 16 anos, alunas do Colégio Ábaco, de São Bernardo do Campo, brilharam no tênis de mesa. Iguais fisicamente e na habilidade com a raquete, elas conquistaram para São Paulo três medalhas, sendo duas de ouro (por equipes e individual, com Leine) uma de prata (duplas).
Nos esportes coletivos, as Olimpíadas Escolares mais uma vez deixaram em relevo sua vocação de celeiro de talentos para o esporte brasileiro. Impressionado com a quantidade de jovens promessas do handebol, o treinador Jordi Ribera selecionou 50 atletas para treinos intensivos de categorias de base em Blumenau (SC). Embora não tenham conquistado medalha no torneio masculino da modalidade - o ouro ficou com a equipe do Colégio Realengo, do Rio de Janeiro -, Matusalém Souza e Mirco Mileno, da Escola Edgar Tiro, do Piauí, estavam entre os escolhidos e personalizaram o ideal de inclusão social representado pelas Olimpíadas. Filhos de famílias pobres de Teresina (PI), ambos viram na oportunidade o esboço de um futuro melhor para si e seus entes mais próximos.
Parceiro do Comitê Olímpico Brasileiro na organização do evento, o Ministério do Esporte mais uma vez colocou em prática o Programa Bolsa-Atleta. Ao longo da competição, técnicos e árbitros selecionaram 24 atletas dos esportes coletivos (três meninos e três meninas em cada modalidade) e os três primeiros colocados nas provas individuais. Preenchidos os pré-requisitos exigidos pelo Ministério, esses jovens passam a ter o direito de pleitear o benefício no valor de R$ 300,00 mensais em 2007. |
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