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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 18 de outubro de 2014

Derás: o debate sobre a definição e aplicação do termo nos estudos exegéticos do século XX

Resumo: No último século, os exegetas cristãos, para obter uma compreensão mais profunda dos escritos neotestamentários, despertaram progressivamente para a necessidade de conhecer as fontes, práticas e características da exegese judaica (do período do Segundo Templo e do período Rabínico). Esta mudança de perspectiva fez com que a exegese cristã entrasse em diálogo com o derás, a hermenêutica própria do judaísmo. Neste artigo apresentamos a complexa questão da definição e da distinção dos dois termos: derás e midrás. Seguimos o caminho histórico percorrido pelos exegetas cristãos quanto à compreensão e à aplicação dos dois termos. Enfocamos, de modo particular, o debate sobre a compreensão do midrás/derás enquanto gênero literário específico (Wright) ou método exegético e hermenêutico (Bloch; Díez Macho; Le Déaut; etc).

domingo, 8 de julho de 2012

Exegese Judaica na Idade Média


FERREIRA, C. A. P. (2003-2012): O estudo judaico medieval foi o cenário de uma intensa atividade exegética bíblica. Não pretendemos esgotar o tema, mas tão somente apresentar alguns pensadores e as características da exegese medieval judaica.

1ª parte) A exegese medieval judaica nasceu em ambiente árabe-islâmico com Saadia Gaon. Esta nova exegese estendeu-se pelo norte da África até alcançar seu esplendor em Sefarad (termo hebraico para designar Espanha).

2ª parte) A exegese judaica em Sefarad (Espanha): A exegese judaica praticada em Sefarad caracterizava-se por sua reprodução filológica e literal, conseqüência do contato com a língua e a filologia árabes. Contudo, não deixa de cultivar também a exegese filosófica e figurativa. Cabe lembrar que o método filosófico seguiu um caminho anteriormente traçado pela exegese de Saadia Gaon, influenciado pelo neoplatonismo. O estudo da filosofia e da sua aplicação à religião tornou-se um traço característico da cultura judaica em Sefarad.

3ª parte) A exegese judaica na Europa medieval: O perfil da exegese praticada nos demais países da Europa é bem diferente do que era realizado nos países árabes e em Sefarad. Com um grau de educação em geral inferior, privados do contato com a cultura árabe e de uma formação filológica comparável aos exegetas de Sefarad, a única fonte dos exegetas ashkenazim – judeus que viviam na Europa Central e particularmente na Alemanha – eram as versões targúmicas (material em aramaico) e os textos midráshicos e talmúdicos, para cuja interpretação serviam-se do sentido homilético como desenvolvimento do sentido literal.

Veja mais:

domingo, 24 de junho de 2012

Ibn Gbirol, poeta de la “edad de oro”


Aurora (07/06/2012): Ibn Gbirol, poeta de la “edad de oro”: Entre las figuras que componen el panorama poético hebreo a lo largo de la historia destaca Shlomo Ibn Gbirol, cuyas creaciones vienen fascinando a los lectores desde el siglo XI invitando a poetas y músicos a “dialogar” con ellas. Cabe, pues, preguntarse: ¿cual es el secreto de la magia de sus poemas, que no detienen las cortinas del tiempo y saben atravesar océanos y culturas? Shlomo Ben Yehuda Ibn Gbirol perteneció a la primera generación de grandes poetas hebreos de la edad de oro, una época que en España se prolongó durante ochocientos años. >>> Leia mais, clique aqui.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O grito dos Filhos de Israel chegou até mim: estudo comparativo de comentários judaicos e siríacos de Êxodo 2,23-3,15

O grito dos Filhos de Israel chegou até mim: estudo comparativo de comentários judaicos e siríacos de Êxodo 2,23-3,15

Claude Valentin René Detienne

Dissertação de mestrado em Ciência da Religião (UCG).

Data de defesa: 30/08/2006.

Resumo: Esta dissertação teve por objetivo de comparar um comentário judaico (Midrash Rabbah) e dois comentários siríacos (comentário de Efrém e comentário anônimo) do livro do Êxodo, e particularmente do trecho Ex 2,23-3,15. Embora tenham aparecido alguma semelhanças que poderiam se explicar por uma origem judaica de alguns elementos exegéticos siríacos, os comentários siríacos são muito diferentes do comentário judaico. Os exegetas siríacos, herdeiros da tradição exegética literalista e historicista antioquena, raramente mostram a mesma riqueza criativa do que o comentarista judeu. Este demonstra ao mesmo tempo um profundo respeito pelo texto, nos seus mínimos detalhes, e uma grande liberdade para criar sentidos novos a partir do texto. Dessa diferença parece fazer eco a reflexão hermenêutica moderna, quando tenta achar um ponto de equilíbrio entre intentio auctoris e intentio lectoris.