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Recife: O carnaval mais democrático do Brasil encanta com o bloco Galo da Madrugada

O carnaval fora do eixo Rio – São Paulo também tem atrações regionais que são marcas da pluralidade brasileira como é o caso da mistura de frevo e maracatu que tomam conta das ruas de Recife e Olinda, em Pernambuco.

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O carnaval fora do eixo Rio – São Paulo também tem atrações regionais que são marcas da pluralidade brasileira como é o caso da mistura de frevo e maracatu que tomam conta das ruas de Recife e Olinda, em Pernambuco.

“Recife é a Veneza brasileira, é alegria. Aquí, o carnaval é feito pelo povo e é o mais democrático. O mais interessante é ver jovens de 15 anos cantando o mestre Capiba, compositor pernambucano que já morreu há 60 anos”, relembra a cantora Elba Ramalho à EFE, que fez show na prévia do carnaval, no dia 26 de fevereiro.

Além das prévias, a abertura oficial da festa popular começa na sexta-feira de carnaval, o mais esperado pelos turistas e pernambucanos é o maior bloco de rua do Brasil, “O Galo da Madrugada”, que começa a embalar o clima carnavalesco junto com o sol escaldante das oito horas da manhã na região central do Recife, tomando conta das pontes que ligam o centro comercial ao centro antigo da cidade.

Com um galo gigante colocado no meio da ponte Maurício de Nassau, milhares de pessoas se reúnem para cantar o carnaval de rua e advertem “é o carnaval mais democrático do Brasil”.

Em Recife e Olinda a música que dá o tom popular à festa mais esperada do ano em Pernambuco é o batuque da percusão e outros instrumentos do Maracatu sincronizados com o arco-íris de cores do frevo, dança agitada e marcada pela orquestra típica com flauta, saxofone, trombeta e surdos.

O carnaval de rua é marcado por blocos de foliões que priorizam as marcas regionais do estado, mas a cidade se veste de todos os estilos e no centro antigo de Recife desde jazz, rock, reggae e samba, que podem ser encontrados a cada esquina repleta de bares em volta do Museu Passo do Frevo, outro lugar marcado por história e música, do jeito que o turista e o recifenho gosta.

“O carnaval é ótimo, principalmente os blocos”, destaca a foliã Tamires Laura à EFE.

Já há 6 km dali, Olinda oferece mais regionalismo ainda. As ladeiras do município, reconhecido mundialmente pelo carnaval, ficam tomadas por foliões dispersos em diferentes blocos de rua.

Tem homem que se veste de mulher para brincar o carnaval e tem crítica da política brasileira no bloco Sala da Justiça, onde os integrantes se apresentam como super heróis, uma metáfora da situação do país.

Os shows de artistas locais também imperam nas avenidas da festa. Entre eles, Lenine, Alçeu Valeça, Morais Moreira, Naná Vasconcelos, entre outros.

O humor e a curtição prevalecem nas duas cidades que também oferecem riqueza cultural e gastronômica, por exemplo nos pratos preparados com a tradicional carne de sol, peixes e frutos do mar, a cartola, doce de banana com queijo e canela, o bolo de rolo e os sucos de graviola, cajá e pitanga, frutas da região.

Outros passeios durante a alta temporada do carnaval podem ser feitos como o de catamarã, em que o turista conhece os principais pontos da cidade de Recife passeando de barco pelo Rio Capibaribe e vendo Olinda no horizonte, o que é possível pela proximidade dos dois pólos pernambucanos.

“Juntar os amigos e familiares para formar o bloco e cair na folia é muito bom”, finaliza Cícero Júnior, que participa de uma das Orquestras do Frevo.

 

* A repórter viajou a convite da Secretaria de Turismo do Estado de Pernambuco

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