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Ousada, destaque da Império samba na concentração |
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Campeã do carnaval carioca nove vezes desde seu primeiro desfile em 1948, a Império Serrano levou para o sambódromo na noite deste domingo o enredo Um Grito que Ecoa no Ar: Homem/Natureza - O Perfeito Equilíbrio, que faz um alerta sobre a proteção à natureza.
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Sem luxo, a comissão de frente apareceu formada por 14 homens divididos em dois grupos que representam o bem (homens vestidos de branco empurrando um globo) e o mal (fantasiados de diabos).
Ao centro, estava a coreógrafa Jussara de Pádua representando o "ponto de equilíbrio".
O carro abre-alas mostrou como o mundo vai ficar se o homem continuar destruindo o meio ambiente. Homens robotizados, tanques de guerra e água poluída, entre outros, foram destaques do carro - que não trouxe a coroa da escola de samba.
A segunda alegoria, A Floresta e o Solo, retratou a destruição das florestas. No carro, vários tons de verde em contraste com o laranja (o fogo). Motosserras e machados mostraram a natureza sendo atacada. No topo, uma árvore enorme chorava.
O carro da terceira alegoria, Samba e Espécies Vivas, destaca uma teia de aranha gigante, que alerta sobre a possibilidade do homem virar a caça no futuro.
Aos 35 minutos de desfile, a bateria fez uma paradinha em ritmo meio funk. Comandada pelo Mestre Átila, a entrada dos ritmistas no segundo recuo obrigatório foi à moda antiga: frontal, quase militar e sem deixar buraco. Fabiana Andrade, madrinha de bateria da escola, representava a energia do sol ou calor humano.
O quarto carro alegórico, O Ar, destacou 20 atores em uma encenação sobre os problemas provocados pela poluição do ar, como o efeito estufa e as doenças respiratórias. Uma grande bolha transparente funcionou como uma espécie de reservatório de oxigênio.
A alegoria seguinte foi A Água. Decorado com três mil garrafas de plástico recicladas, o carro era uma espécie de reservatório de água potável. Foram usados 1,5 litros de água na decoração.
A reciclagem do lixo e do homem também foram lembradas no desfile. A alegoria A Reciclagem - toda dourada e laranja - mostrou uma espécie de usina em que os atores entravam sujos e saiam limpos.
As baianas da Império Serrano apareceram vestidas com as cores da escola de samba: verde e branco. Elas representavam os elementos terra, fogo, água e ar.
A coroa da escola de samba apareceu no último carro alegórico, representando o equilíbrio entre o homem e a natureza. O carro mostrou a cobiça e o poder do dinheiro se opondo ao homem que evoluí respeitando a natureza. Em destaque, apareceu o ator Ciro Barcelos vestido de São Francisco, o santo protetor dos animais.
A Império Serrano não teve problemas para concluir os 80 minutos de desfile. A escola não vence um campeonato desde o antológico enredo Bumbum paticundum prugurundum, em 1982.
Desfiles
Após a Império Serrano, passam pela Sapucaí Salgueiro, Mangueira, Unidos da Tijuca, Tradição e Vila Isabel.
Nesta segunda-feira é a vez de Porto da Pedra, Caprichosos, Viradouro, Portela, Imperatriz, Grande Rio e Beija- Flor.
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