Centro Universitário Ítalo Brasileiro - Estudos madrugada adentro
Horários alternativos, a partir das 5h45 e após as 23h, e mensalidade mais barata atraem estudantes para o centro universitário UniÍtalo
Erinaldo Oliveira de Santana, 26 anos, acorda todos os dias da semana por volta de 4 horas. Seu dia já começa com a cara enfi ada nos livros: às 5h45. Ele cursa o terceiro semestre de administração no centro universitário UniÍtalo. “Optei por esse horário por conta do custo e do tempo. De manhã, venho sossegado para a faculdade. Não tem trânsito, é muito tranquilo”, conta o estudante, que paga atualmente uma mensalidade de R$ 220, enquanto um colega no horário convencional desembolsa R$ 500. “Pago um valor menor também porque
faço parte do programa ‘Educar para a Vida’, que tem convênio com a Ítalo. Mas mesmo assim, quem não participa dele paga até R$ 300 para estudar nesses horários alternativos”, explica.
A UniÍtalo, localizada em Santo Amaro, zona sul da cidade de São Paulo, oferece cursos de graduação e pós-graduação, e realiza pesquisas e programas de extensão. Há um ano, no entanto, nasceu a ideia de disponibilizar os cursos para quem sai tarde do trabalho ou não tem tempo durante o dia: há cursos às 5h45 e após as 23 horas.
Cerca de 400, dos 8.500 alunos, têm aulas nos horários alternativos em cursos que abrangem cinco áreas – administração de empresas, marketing, educação, recursos humanos e tecnologia. “De manhã, entre os estudantes temos muitas mulheres que trabalham em shopping center das 10 às 16 horas. E no horário das 23 horas, temos donos de padarias, microempresários e profi ssionais que trabalham em horários fora do padrão”, conta Helio Athia, pró-reitor de marketing do centro universitário UniÍtalo.
A carga horária é a mesma dos cursos diurnos, mas redistribuída: diferentemente de 17 semanas com quatro horas/aula, a conclusão do curso acontece em 22 semanas, com aulas de três horas. Para montar essa nova estrutura de funcionamento, a escola buscou professores comunicativos, ou “showman” como define Athia. “O complicado é convencer as cantinas terceirizadas a permanecerem abertas também, porque existe uma dificuldade em reter funcionários que trabalhem nesses horários”, aponta.
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