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Titãs



Dados Artísticos

Grupo formado na cidade de São Paulo em 1982. Em sua segunda formação constavam Paulo Miklos (saxofone e voz), Marcelo Fromer (guitarra, violão e voz), Arnaldo Antunes (voz e vocal), Sérgio Britto (voz e teclados), Charles Gavin (bateria), Toni Belloto (guitarra e voz), Branco Mello (voz) e Nando Reis (voz e violão). Foi considerado um dos conjuntos mais significativos do Brock que eclodiu na década de 1980. Sua primeira formação contava com a participação de André Jung, atualmente baterista do IRA!, substituído nas baquetas por Charles Gavin dois anos depois. Quando se reuniu com o nome Titãs do Iê-Iê, a maioria dos seus integrantes já tinha participado de outros grupos, principalmente Aguilar & Banda Performática, nos casos de Arnaldo Antunes e Paulo Miklos, e Trio Mamão, com Branco Mello e Marcelo Fromer. Nando Reis era egresso da banda Sossega Leão. O primeiro show do grupo aconteceu em agosto de 1982, no Teatro da Lira Paulistana, espaço da vanguarda paulistana, de Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção. Em 1984, com o nome simplificado para Titãs, lançou o primeiro disco, produzido por Peninha, logo obtendo êxito com a faixa "Sonífera ilha" (Branco Mello, Marcelo Fromer, Toni Bellotto, Carlos Barmack e Ciro Pessoa). No ano seguinte, dessa vez produzido por Lulu Santos, gravou o LP "Televisão", cuja faixa-título homenageava o comediante Ronald Golias, bem tocada nas rádios, assim como "Insensível" (Sérgio Britto). Um ano depois, Toni Belloto e Arnaldo Antunes foram presos por porte e tráfico de heroína, respectivamente, sendo o primeiro condenado a seis meses e o segundo a três anos. Vários shows foram cancelados e ambos cumpriram suas penas em liberdade. Em janeiro de 1986, o Jornal do Brasil publicaria um artigo de Arnaldo Antunes, no qual ele agradecia a todos que o apoiaram e não viram nesse fato uma transgressão clicherizada do mito do roqueiro marginal. Ainda em 1986, o grupo lançou o LP "Cabeça dinossauro", disco que definitivamente o consagraria no cenário do rock nacional. Criado na atmosfera posterior ao episódio da prisão, o LP, com sonoridades bem mais pesadas que as anteriores, apresentava uma série de composições com títulos curtos e diretos, tais como "Igreja", "Família", "Polícia", "Estado violência" etc. O disco foi um sucesso, vendendo mais de 380 mil cópias. Em 1987, seria a vez do disco "Jesus não tem dentes no país dos banguelas", LP foi produzido por Liminha, ex-integrante do grupo Mutantes. O maior sucesso do disco foi "Comida", uma composição de protesto que, em vez de pedir comida, pedia arte e cultura. O release do disco distribuído para a imprensa contava com um elogioso texto do poeta paranaense Paulo Leminski. Em janeiro de 1988 o grupo participou da primeira edição do "Hollywood Rock", no Rio e em São Paulo, dividindo a noite com o IRA! E com o grupo norte-americano Pretenders. Em ambas as cidades, o show foi considerado, por público e crítica, como o melhor da noite. Ainda no mesmo ano, participaria também do "Festival de Montreux", na Suíça. Desse show resultaria o disco ao vivo "Go back", que vendeu mais de 320 mil cópias, no qual o grupo incluiu a faixa-título "Go back", música de Sérgio Britto sobre poema de Torquato Neto - poeta ligado ao Tropicalismo que se suicidou em 1972. Ainda deste disco regravariam várias faixas que foram sucessos anteriores: "Polícia" (Toni Bellotto), "Não vou me adaptar" (Arnaldo Antunes), "Jesus não tem dentes no país dos banguelas" (Nando Reis e Marcelo Fromer), "Nome ao bois" (Nando Reis, Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Toni Bellotto) e "Marvin" (R. Dunbar e G. N. Johson) com versão de Sérgio Britto e Nando Reis. O disco seguinte seria "Ô blesq blom", último que contaria com Arnaldo Antunes como membro efetivo da banda. Diferentemente dos dois discos anteriores, marcados por um registro mais punk-hard core, com andamentos rápidos e guitarras distorcidas, este LP apresentava maior influência da MPB, particularmente do Tropicalismo. Foi, inclusive, Caetano Veloso quem escreveu o release distribuído para a imprensa. O maior sucesso do LP foi a música "Flores" (Charles Gavin, Antonio Bellotto, Paulo Miklos e Sérgio Britto), bem executada nas rádios de todo o país. O LP vendeu 230 mil cópias. Outras composições do grupo ainda se destacariam: "O pulso" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Antonio Bellotto), "Deus e o diabo" (Sérgio Britto, Paulo Miklos e Nando Reis), "O camelo e o dromedário" (Paulo Miklos, Nando Reis, Antonio Bellotto e Marcelo Fromer) e "Medo", de autoria de Antonio Bellotto, Marcelo Fromer e Arnaldo Antunes. Apesar da saída de Arnaldo Antunes, o grupo prosseguiu com suas atividades lançando vários discos e obtendo sucessos com músicas próprias e versões de músicas de outros compositores. Em 1997 lançou o CD "Acústico MTV - Titãs" chegou à marca de 1,8 um milhão de cópias. No ano posterior, em 1998, o grupo lançou o CD "Titãs volume dois", produzido por Liminha, no qual incluiu vários sucessos da banda e ainda "É preciso saber viver", de Roberto e Erasmo Carlos, muito executada nas emissoras de toda o país. No CD também constaram as composições "Amanhã não se sabe" (Sérgio Britto), "Desordem" (Sérgio Britto, Marcelo Fromer e Charles Gavin), "Senhor delegado" (Antoninho Lopes e Jaú) e "Eu não aguento" (Sérgio Boneka, C. Over e Trambolhinho), entre outras. Em 1999 a banda lançou o CD "As dez mais", no qual interpretou apenas músicas de compositores que não os do grupo, entre as quais "Querem acabar comigo", de Roberto Carlos, "Pelados em Santos", dos Mamonas Assassinas, "Sete cidades", da Legião Urbana, e "Aluga-se", de Raul Seixas. O disco contou com a participação de Eumir Deodato, que fez os arranjos para  cordas e sopros. O clip de "Pelados em Santos" foi criado pelo publicitário Washington Olivetto, que parodiou o anúncio do Bombril. No ano 2001o grupo perdeu um de seus integrantes, o músico Marcelo Fromer, vítima de atropelamento por moto na Avenida Europa, em São Paulo. Neste mesmo ano, o grupo lançou o disco "A melhor banda de todos os tempos da última semana", CD no qual prestou homenagem ao companheiro falecido, com várias composições de sua autoria. O disco vendeu 250 mil cópias e uma de suas faixa, a composição "Epitáfio", de Sérgio Britto, foi incluída na trilha sonora da novela "Desejos de mulher", da Rede Globo e do programa "Fama", da mesma emissora. Em setembro de 2002 Nando Reis deixou a banda para seguir carreira solo e foi lançada a biografia do grupo "A vida até parece uma festa" de Herica Marmo e Luis André Alzer. Ainda em 2002, a banda apresentou-se no ATL Hall, no Rio de Janeiro e foi citada várias vezes no livro "Dias de luta: O rock e o Brasil dos anos 80", de Ricardo Alexandre. Em 2003 o grupo, ao lado de Lulu Santos, Natiruts, Tribo de Jah, Cidade Negra, L.S. Jack, Jota Quest, O Rappa e Skank, foi uma das atrações do "Pop Festiva Telefônica Tim" apresentado na Sociedade Hípica do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, ao lado de Frejat, Raimundos, Pato Fu e Ira!, a banda participou do CD "Assim, assado", disco em homenagem ao 30 anos de lançamento do primeiro LP do grupo Secos & Molhados. Neste mesmo ano de 2003 o grupo lançou o primeiro disco pela nova gravadora BMG, o CD "Como estão vocês?", no qual foram incluídas as inéditas "Eu não sou um bom lugar" (Branco Mello e Tony Bellotto) e "Esperando para atravessar a rua" (Tony Belloto, Charles Gavin e Arnaldo Antunes) e ainda "A guerra é aqui", "Vou duvidar" e "KGB". No ano de  2004 o grupo fez três shows de lançamento do CD no Canecão, seguindo para uma turnê nacional e, posteriomente, internacional. Neste mesmo ano, foi o vencedor do "Prêmio Tim 2004" na categoria "Melhor Grupo de Pop-Rock". No ano seguinte, em 2005, a composição "Enquanto houver sol" (Carlinhos Brown), música de trabalho da grupo, alcançou o terceiro lugar, segundo o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direito Autoral), como uma das músicas mais executadas nos primeiros meses do ano. Neste mesmo ano lançou o CD e DVD "MTV ao vivo", com 20 faixas, entre as quais as inéditas "Anjo exterminado" (Sérgio Brito), "Vossa excelência" (Charles Gavin, Paulo Miklos e Tony Bellotto) e "O inferno são os outros". No disco foram incluídos alguns sucessos de carreira do grupo, entre os quais "AA UU", "Cabeça dinossauro", "Polícia", "Flores", "Bichos escrotos", "Enquanto houver sol" e "A melhor banda dos últimos tempos da última semana". No ano de 2006 nas comemorações de 20 anos do disco "Cabeça dinossauro", considerado o melhor e principal álbum da banda por vários motivos, foi lançado uma edição comemorativa do LP. O disco original teve produção musical de Liminha e foi lançado em 1986. Pouco mais de seis meses após o lançamento chegou à marca de 100 mil cópias vendidas e no mesmo ano chegou a 250 mil. As razões para a vendagem tão expressiva, na época, foram a mudança radical do grupo para um rock mais pesado, o uso de scratches em fusão com a bateria eletrônica e guitarras, além das composições que viriam a ser os principais sucessos do grupo, entre as quais "O quê", "Polícia", "Família", "Igreja", "Bichos escrotos", "Homem primata", "Porrada", "Estado de violência" e "A face do destruidor". Segundo o produtor do disco Ezequiel Neves:   "Cabeça dinossauro foi um bombardeio em meio a tudo que se fazia. Foi quando os Titãs se revelaram. Eles vieram cuspindo fogo".   A primeira versão em CD do disco também vendeu mais 100 mil cópias. Em 1997 em edição da revista "Bizz" o disco foi escolhido como o melhor disco de rock no Brasil em todos os tempos. A edição comemorativa de "Cabeça dinossauro" contou com o CD com as 13 faixas originais, um DVD com o antológico show da turnê (lançado em VHS) incluindo a final da turnê no Rio de Janeiro, em show no Teatro Carlos Gomes, na época (1987), recém reformado e destruído durante o show em uma catarse do público. No mesmo pacote de luxo pelas comemorações foi incluído ainda uma música inédita "Vai pra rua", de Arnaldo Antunes e Paulo Miklos, excluída do LP na época e ainda um CD com as versões originais de antes da gravação no estúdio Nas Nuvens, de Liminha. No ano de 2011 a banda foi uma das principais atrações do "Rock In Rio IV", apresentando-se com grande sucesso de público e crítica no principal espaço do festival, o Palco Mundo, dividindo o palco com a banda Os Paralamas do Sucesso e a Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 2012 a banda apresentou-se no projeto "Álbum", do Sesc Belenzinho, em São Paulo, somente com o repertório do disco "Cabeça Dinossauro". Não mais um octeto e com a formação de um quinteto integrado por Paulo Miklos (guitarra e voz), Sérgio Britto (baixo, teclado e voz), Toni Bellotto (guitarra e voz) e Branco Mello (baixo e voz), além do novo integrante Mário Fabre (bateria e voz) substituindo Charles Gavin, o grupo apresentou todo o repertório do álbum "Cabeça dinossauro", perfilando as composições "O quê", "Polícia", "Família", "Igreja", "Bichos escrotos", "Homem primata", "Dívidas", "Porrada", "Estado de violência", "A verdadeira Mary Poppins", "Nem sempre se pode ser Deus", "Flores", "O pulso", "Diversão",  "AA UU", "Igreja", "Será que é isso que eu necessito?", "Tô cansado" e "A face do destruidor", a faixa-título "Cabeça dinossauro", além da inédita "Fala, Renata". Após à apresentação em São Paulo o grupo saiu em turnê nacional com o show, passando pelo Rio de Janeiro e pelas principais capitais brasileiras. Neste mesmo ano, com essa formação, gravou o DVD "Cabeça dinossauro Ao Vivo" no Circo Voador, com direção de Oscar Rodrigues Alves. Em 2013 a banda lançou o CD e DVD em show no Circo Voador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano foi contemplada no "24º Prêmio da Música Popular Brasileira" com o prêmio de "Melhor Grupo Pop de 2013".

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