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Os planos de Agathyrno - 1971

Conheça as diretrizes do presidente


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- Patrimônio e finanças são alicerces do meu programa para 1971, isto sem descuidar do futebol, remo, atletismo, basquetebol, que retocaram o ano de ouro que foi 1970...

Agathyrno Silva Gomes enfrenta a batalha para reviver São Januário, readaptando-o às necessidades do futebol dos dias atuais, onde o Maracanã precisa ser poupado.




Conseguindo abrir os portões do estádio da colina aos torcedores cariocas, o equilíbrio das finanças forçosamente virá a seguir. O Vasco espera a ajuda governamental para levar avante o plano que restituirá à Guanabara o palco onde até 1950 foram desenrolados os mais importantes espetáculos da historia do futebol brasileiro.

- Até quando o Vasco poderá reunir de publico em São Januário?

- A capacidade atual do estádio é para 45 mil pessoas. Com o fechamento da curva e cadeiras na pista, a lotação atinge a casa de 70 mil pessoas.

Para o engenheiro Murilo Gouveia, que cuida de todos os projetos vascaínos, o estádio cruzmaltino se encontra em ponto estratégico, bem centralizado até para os que demandam da Zona Sul, que pelo túnel Rebouças facilmente alcançam a Avenida Francisco Bicalho e em dois minutos estão no parque esportivo de São Januário. Diz ainda o engenheiro:

- O estádio dista 5 quilômetros do centro da cidade. 7 do Méier, 8 do Engenho de Dentro, 12 de Cascadura, 15 de Madureira, 50 quilômetros de Petrópolis, 60 de Teresópolis, 20 de Caxias, 25 de São João de Meriti, e 30 de Nilópolis.

Já existe um projeto de numero 4920, que determina o alargamento da Rua General Almério de Moura e seu prolongamento até a Avenida Brasil. Se levado a efeito, conforme espera a família vascaína, melhorará sensivelmente o tráfego nas imediações do estádio, ainda facilitando o escoamento da Av. Brasil para a Quinta da Boa Vista, Maracanã, Grajaú, Tijuca, etc.

Particularmente, o presidente Agathyrno Silva Gomes acha que este primeiro ano do triênio 71-72-73 é básico para o Vasco se libertar, de uma vez por todas, dos constantes e notórios problemas financeiros.

- Temos esperança e convicção no êxito de nosso trabalho. É evidente que não basta o esforço da Diretoria Administrativa. Para alcançar a total recuperação patrimonial, e conseqüentemente, o equilíbrio financeiro, indispensável para se manter a hegemonia esportiva, imprescindível se torna a união de todos os poderes do clube, criando-se com um só poder, o de servir com lealdade e amor ao Vasco.

Em seu discurso de posse de 1970, Agathyrno Silva Gomes também realça que a estrada a percorrer será árdua.

- No entanto, e para isso temos a confiança no Egrégio Conselho Deliberativo, diante do programa racional e dinâmico a ser posto em prática, calcado em etapas distintas.

Fonte: Revista Grandes Clubes Brasileiros