• Fernanda Montano
Atualizado em
Castelo Rá-Tim-Bum (Foto: Sylvia Gosztonyi)

CRESCER: O que você tem mais saudade do trabalho no programa?
Sérgio Mamberti: O dia a dia sempre foi muito árduo, não tínhamos computadores, as câmeras eram rudimentares perto das de hoje, não tinha ar condicionado no estúdio, tudo era feito de forma artesanal... Mas isso criava uma atmosfera de solidariedade e compartilhamento muito grande. Todo mundo bem humorado, artistas, equipe técnica, camareiras, figurinistas. Era sempre um encontro muito feliz. Nos meus 50 e tantos anos de carreira, não existe um personagem que tenha tido essa trajetória, no Brasil inteiro. Até hoje, em qualquer lugar que vou, as pessoas querem tirar foto por causa do tio Vitor. Mesmo com alcance menor, está na memória de todos.

CRESCER: Como o Castelo marcou sua vida?
Sérgio Mamberti: Marcou profundamente toda minha trajetória de ator. Embora tenha mais de 50 anos de carreira, mais de 100 peças, mais de 50 filmes, mais de 20 novelas, tenho alguns personagens marcantes, como o Eugenio, da novela Vale Tudo, mas o Rá-Tim-Bum foi especial, principalmente pelo papel que desempenhou, o significado que o dr. Vitor adquiriu no imaginário de muitos brasileiro. Foi um programa que respeitou a cidadania e a criatividade das crianças. Me emociono todas as vezes que me refiro ao Castelo. A frase “Raios e trovões” virou uma máxima, mesmo quando vou fazer palestra em universidades as pessoas pedem para que eu fale.

CRESCER: O que significa para você ter participado de um programa tão importante?
Sérgio Mamberti: A função do artista é cumprida plenamente, de formar gerações comprometidas com ética, criação, asas à imaginação e fantasia.

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