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Mossoró, 22 de Março 2015 - 08:05hs

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RN lidera crescimento de mortes relacionadas à aids

06 de Março de 2014

O Rio Grande do Norte é o Estado brasileiro onde o número de óbitos em decorrência da Aids mais cresceu nos últimos dez anos. Entre 2002 e 2012, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou um avanço de 176,9% nas mortes entre pessoas com o vírus HIV. Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), ainda não divulgado, obtido pela TRIBUNA DO NORTE. Os números apontam ainda que, em 2012, a taxa de novos casos identificados no Estado era 12,6 para cada grupo de 100 mil habitantes.
Para a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Sônia Cristina Lins há apenas um fator que explica a evolução avassaladora da doença em terreno potiguar: o diagnóstico tardio. “As pessoas não procuram orientação. Não querem fazer o teste que aponta a presença do vírus. Quando descobrem que são portadores do HIV, já é tarde. Reconheço que o número é preocupante”, avaliou.
Ainda de acordo com Sônia Lins, a descoberta da doença ocorre, na maioria dos casos, quando o paciente procura uma unidade de saúde devido a outros problemas. “A notificação ocorre, por exemplo, no hospital Walfredo Gurgel ou outra unidade quando a pessoa está com sintomas comuns a outras doenças. É feito então a investigação do caso e descobre-se que aquela é um paciente portador do vírus”, disse. “Nesses casos, infelizmente, o tratamento já não é tão eficaz”, completou Sônia Lins.
Se por um lado o Rio Grande do Norte lidera o ranking de aumento das mortes provocadas pela doenças, outros Estados apresentam dados animadores. É o caso de São Paulo, onde houve redução em 32,3% de óbitos em decorrência da Aids. Para Sônia, o que nos diferencia do estado paulistano não é a oferta de mais serviços de saúde, campanhas de prevenção ou distribuição de medicamentos.
“Isso nós também temos. Não nos faltam medicamentos ou campanhas educativas. Falta a conscientização da população. O problema é a identificação somente através das doenças oportunistas”, colocou.
Fonte: Tribuna do Norte

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